QUESTÃO DE OBEDECER
Um médico me
disse e eu não tive escolha, porque de corpo humano e de saúde ele certamente
entende mais do que eu. Proibiu-me de comer sal. O outro proibiu-me de
comer açúcar. Sou, pois, um cidadão que não come mais sal nem açúcar.
Considero-me insosso. Espero que meus escritos e minhas falas não o sejam.
Mas há
vantagens! Agora conheço o sabor natural da comida. Alimento-me mais de
verduras e frutas e cereais, faço os exercícios a mim recomendados, o que não significa
que terei uma saúde de ferro. Isto acabou, mas significa que sou como água; se
poupar durarei mais tempo e sem tantas impurezas.
O que a
gente não se dá conta, na juventude e na idade avançada, é que somos depósito
de água que veio da fonte. Às vezes o enchemos de detritos e dejetos. Boa coisa
não vai dar. Cigarro, comidas pesadas e gordurosas, doce demais, sal demais
afetam nossa qualidade de vida. Os médicos detectam os riscos desse comportamento
e então orientam.
Quando o
médico, amigo meu de longa data me deu um abraço amigo, olhou-me nos olhos e
perguntou se eu o levaria a sério, disse-lhe que da mesma forma que ele me ouve
amigo eu o ouviria. Sou seu sacerdote e mestre e ele é meu médico e mestre.:
Disse-me um deles: “Sua pressão pode ser controlada com exercícios e alimentos
e pequena dose de fármacos”. Ele sabia do que estava falando. Se dependesse de
mim, eu teria continuado sem os devidos cuidados. Mas ele também me disse algo
igualmente realista. –“Você me ensina a cuidar de minha alma e eu lhe
ensino a cuidar do seu corpo”! Somos, os três, aprendizes no que precisar
aprender! Viver também é isto!
Esses dias em Santo Amaro, onde fico parte do meu tempo, faltou luz por meia hora. A energia que vinha de fora falhou e as luzes se apagaram. Com a luz que sobrou da bateria do computador, vi o suficiente para procurar na gaveta a lanterna e as pilhas. Acendi a lanterna e apaguei o computador. Aproveitei para fazer uma série de telefonemas e anotar, num gravador, algumas reflexões para meus programas de rádio e de televisão.
É esta a função da lanterna que tenho na gaveta; é luz de dentro para o caso de me faltar a luz de fora. Entendo que as luzes que me acendem com a energia que me vem de fora duram mais tempo e iluminam muito mais. A sabedoria que recebo através das pregações que ouço, dos livros que leio, das conversas que mantenho e das orações que faço, certamente me iluminam muito mais do que minhas pequenas elucubrações...
Mas há um momento em que minhas luzes são fundamentais. Por isso todo crente deveria aprender a meditar e a achar suas próprias luzes, além das luzes de fora. Se um dia,por alguma razão a energia externa não vier, nossas baterias, ainda que frágeis darão conta do recado. Não somos um zero à esquerda. Ninguém pode afirmar que é um nada. Temos luzes em nós. Não nos esqueçamos disso.
PERDOA-ME SE EU ORAR ERRADO
Oro sem saber orar. Falo contigo, a quem eu nunca vi, cuja voz jamais ouvi e cuja presença às vezes não sinto. A Ti, a quem nós que seguimos Jesus chamamos de Pai. Não entendendo o mistério de um só Deus que é três pessoas eu falo da minha vontade de conhecer-te e de aprender a falar contigo. Nem sempre sei o que dizer, e não sei dizer o que sinto. Meus diálogos contigo padecem do meu limite de não saber conversar com alguém que nunca vi.
Assim sendo, perdoa-me, se eu orar errado; se disser coisas que não correspondem aos fatos, ou se me referir a Ti de maneira errada ou inconveniente. Acontece que não sei como és, não conheço o som da tua voz e vivo da fé que recebi dos meus antepassados, fé que a Igreja me oferece. Não sei crer sozinho. Preciso de outros para desenvolver e expressar a minha fé. Mas os outros também não sabem tudo. Então, cremos e oramos como sabemos e dentro dos nossos limites.
É o meu primeiro pedido: que me ensines a falar contigo. Ainda não sei me dirigir a Ti. Mentiria se dissesse que sei.
Oro sem saber orar. Falo contigo, a quem eu nunca vi, cuja voz jamais ouvi e cuja presença às vezes não sinto. A Ti, a quem nós que seguimos Jesus chamamos de Pai. Não entendendo o mistério de um só Deus que é três pessoas eu falo da minha vontade de conhecer-te e de aprender a falar contigo. Nem sempre sei o que dizer, e não sei dizer o que sinto. Meus diálogos contigo padecem do meu limite de não saber conversar com alguém que nunca vi.
Assim sendo, perdoa-me, se eu orar errado; se disser coisas que não correspondem aos fatos, ou se me referir a Ti de maneira errada ou inconveniente. Acontece que não sei como és, não conheço o som da tua voz e vivo da fé que recebi dos meus antepassados, fé que a Igreja me oferece. Não sei crer sozinho. Preciso de outros para desenvolver e expressar a minha fé. Mas os outros também não sabem tudo. Então, cremos e oramos como sabemos e dentro dos nossos limites.
É o meu primeiro pedido: que me ensines a falar contigo. Ainda não sei me dirigir a Ti. Mentiria se dissesse que sei.
DOCES CANÇÕES DE NATAL
Doces canções de natal
Doces poemas de luz
Doces palavras de amor
Deus nos mandou sua luz
Tudo por causa da paz
Paz que chegou com Jesus
Oh!Aleluia!Hosana e amém!
Glória a quem no-lo enviou
Glória àquele que vem!
Doces poemas de luz
Doces palavras de amor
Deus nos mandou sua luz
Tudo por causa da paz
Paz que chegou com Jesus
Oh!Aleluia!Hosana e amém!
Glória a quem no-lo enviou
Glória àquele que vem!
COMUNICADORES
Tornar-se pessoa!
Humanos devem tornar-se pessoas plenas.
Por isso precisam comunicar-se
e aprender a receber
a comunicação que vem dos outros.
Há quem não o consiga!
Milhões se fecham em si mesmos
ou nos seus grupos por demais iluminados.
Não acreditam em reciprocidade.
Mas somos todos à reciprocidade
de quem ensina o que sabe
e aceita ouvir os outros.
É vocação dos que falam pelas torres
deixar na mesa comum
a riqueza que lhes foi dada,
entre elas,a mais profunda: o seu saber,
porque aquele que comunica
verdades e experiências que viveu,
mais do que idéias e coisas,
confia ao seu povo um pedaço do seu eu!
Não há púlpitos, cátedras, câmeras,
microfones e torres
sem tentações e sem martírio.
Que se espalhe por aí:
comunicar é um verbo escorregadio!
CAMINHOS ECUMÊNICOS
Perguntou-me se o seu caminho até o centro era
certo.
Eu disse que era.
Por aquele caminho, ele certamente chegaria.
Seu irmão, que ia por outro caminho,
perguntou se, também, estava certo.
Eu disse que sim.
Também pelo outro caminho era possível chegar ao
centro.
Mas o terceiro estava num caminho errado.
Por onde ele ia, estava se desviando do centro.
Eu também ia para o centro, mas por outro caminho.
Ofereci a ele o meu caminho.
Então um amigo não ecumênico me perguntou.
-Porque você não indicou o nosso caminho?
E eu lhe disse:
-Porque não foi isso que ele me perguntou!
Ele quis saber se o caminho que ele fazia estava
certo; não me perguntou qual o melhor caminho. Se perguntasse pelo melhor, eu
lhe teria mostrado o meu. Como o dele também leva, embora demore mais,
respeitei a sua vontade. Eu só alertei o que estava indo na direção
errada. Era o único que tinha que mudar seu caminho!
Se ecumenismo não for isso, então alguém precisa me
explicar o que é ser ecumênico!
Acontece que eu li a Ut Unum Sint, a Orientale
Lúmen e a Unitatis Redintegratio!
DEUS ESTÁ ME CRIANDO
DEUS
não me criou: está me criando
não me formou: está me formando
não me chamou: está me chamando
não me amou: está me amando
não me disse: está me dizendo
não me salvou: está me salvando
EU
Não cheguei lá: estou indo
Não sou santo: estou me santificando
Não me converti: estou me convertendo
Não me encontrei: estou me encontrando
Não sei o suficiente: estou aprendendo
DEUS
Não me responde tudo: me ensina a pensar
Não me dá sempre a mão: quer que eu caminhe
Não me empurra: me convida a ir
Não me fala aos ouvidos: dá sinais
Não pára o rio: me ensina como atravessá-lo
Não tira os obstáculos: me ensina a superá-los
Eu
Não sou um zero à esquerda: sou pessoa
Não sou um lixo: Deus não fabrica lixo
Não digo que não sou nada: eu sou alguém
Não me sobreponho: ponho-me no meu lugar
Não me deixo pisar: não sou capacho
Não piso nos outros: caminho junto
É Deus em primeiro e. depois, os outros e eu, lado a lado
Nessa ordem, porque já havia o outro, antes do nascer do meu “eu.”
Se tiver que perder de vez em quando, entederei.
Não pretendo me proclamar vencedor em tudo e sobre todos.
Saberei perder sem me sentir um perdedor.
Jesus também perdeu, mas venceu a longo prazo.
Do meu ângulo, o mundo tem 6,8 bilhões de “outros” e só um “eu”
Não posso querer que tudo passe pelo meu pequeno e inacabado “eu”.
Por isso, tomarei cuidado para não fazer marketing exagerado do meu
eu” porque certamente não sou e não serei pessoa nota dez.
Além DISSO, o Procom do céu nâo costuma carimbar produtos falsos.
Sou uma obra inacaba.
O jeito é deixar que Deus termine o que já começou em mim.
