terça-feira, 17 de abril de 2018

QUARTA-FEIRA DA 3ª SEMANA DA PÁSCOA: “Eu sou o pão da vida” (Jo 6,35-40).


Por que Jesus, ao dizer que é o alimento da nossa vida, quis assumir a condição de pão? Pão é o primeiro alimento do dia. Quando chega o momento do café da manhã, logo nos lembramos do pãozinho que nos alimenta para o início de um novo dia. O padeiro levanta muito cedo para garantir este alimento na mesa de milhares de pessoas. Cedo porque tem pressa de dar conta do serviço. Deus tem pressa para vir a nós. Na oração do Pai Nosso, pedimos sempre a Deus que jamais deixe faltar o pão nosso de todo dia. Mas, ao rezarmos o Pai Nosso, peçamos para nos livrar de outras fomes também. Não somente a fome do alimento do corpo, mas também as fomes e as sedes que, infelizmente, provocam um vazio enorme entre nós. Quantas pessoas, mais do que o vazio do estômago, sentem doer na alma um vazio de Deus? Jesus é o alimento. É Ele o pão da vida. Se estivermos sempre atentos a este pão, estaremos imunes a qualquer tipo de situação que nos cause medo e dor. Este alimento fortalece. O testemunho dos primeiros discípulos na primeira leitura nos relata isso (At 8,1b-8). Após a morte de Estêvão, os primeiros cristãos tinham motivos suficientes para abandonar tudo e irem cuidar de suas vidas. Mas não foi esta a cena. Eram homens e mulheres eucarísticos. Porque se alimentavam de Jesus estavam preparados para a árdua missão. Enquanto os judeus mandavam matar os cristãos acreditando estar assim dispersando aquela fé nascente, estavam, na verdade, difundindo o amor cristão que não se apaga com a morte, mas se renova com a fome e a sede de viver. Deus não dispersa a sua atenção, mas espalha as sementes do seu amor. É o trigo novo que se lança para assegurar o pão que mata a fome e revigora o nosso ser. É Jesus ressuscitado que nos faz ser capazes de compreender as suas palavras e ações diante de nós. Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam

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