segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

SEXTA-FEIRA DA 2ª SEMANA DO ADVENTO: “Tocamos flautas e vós não dançastes. Entoamos lamentações e vós não batestes no peito!” (Mt 11,16-19).

De uma maneira bem poética, podemos dizer que a nossa vida assemelha-se a uma música. Nos momentos de alegria, torna-se uma música pra cima, viva, que encanta e faz cantar. Nos momentos difíceis, podemos ser comparados aos cantos fúnebres, penosos, canções de dor e de lamento. A NOSSA VIDA É CHAMADA A SER UMA LITURGIA. Contudo, assim como para cada instante há uma canção que melhor expressa o sentido do nosso viver, cada canção também traz consigo a sua identidade. Cada ser humano também trás consigo a sua identidade. Comparando a vida humana com uma canção, não deveremos jamais exigir que os outros, como se diz por aí, “dancem conforme a nossa música”. É sobre estas coisas que nos fala Jesus hoje. Depois de ouvir sérias críticas sobre João Batista e também a seu respeito, Jesus chama a atenção do povo, pois não sabiam o que queriam. Oscilavam em meio aos costumes e tradições. Criticavam João Batista porque tinha uma vida diferente das demais pessoas. Por isso achavam que ele tivesse um demônio. Parece muitos de nós. Quando não sabemos explicar os fatos, logo dizemos: “é o demônio!”. Criticavam Jesus porque sempre se fazia presente aos banquetes e festas. Por isso era chamado de fanfarrão. Algumas vezes estas oscilações podem tomar conta de nós. Não sabemos o que queremos ou queremos que os outros sejam como nós. Que o nosso canto transmita nossos sentimentos e ações, ainda que não seja o cantar daqueles que se encontram à nossa volta. Respeitemos as diferenças sem termos divergências. Aprendamos com as lições que nos chegam a partir do coração do nosso Deus. Atentamente observemos as palavras da parte do profeta Isaías (Is 48,17-19). DEUS RESPEITA O RITMO E O COMPASSO DA NOSSA MÚSICA. Ele não é autoritário para nos forçar a fazermos algo que não queiramos. Por esta razão, ensina-nos coisas úteis, conduzindo-nos para o bom caminho. Abracemos a ternura de Deus, para que saibamos respeitar as diferenças e assim podermos ser mais sensíveis. Seja este o ritmo a nos preparar para o santo Natal. Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam

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