Mais uma personagem presente nos evangelhos nos faz
apreciar o amor de Deus por nós. Há poucos dias, meditamos o evangelho em que
Jesus visitava as irmãs Marta e Maria. Marta se encontrava agitada e preocupada
com as coisas de casa. Maria apenas queria contemplar e ouvir o Filho de Deus.
No dia dedicado à memória da discípula Marta, outra vez percebemos o quanto
aprendemos com ela para nos voltarmos ao essencial, ainda que experimentemos
sinais de dor e de morte. O evangelho de agora nos narra a dor destas irmãs
pela perda do irmão Lázaro. Novamente, a questionadora Marta vai ao encontro de
Jesus. Manifesta a sua dor, assim como também a certeza de que Jesus poderia
ter evitado aquele fatídico episódio. Assim como Marta, dando conta dos nossos
afazeres, será que teríamos a lucidez e a sensibilidade de reconhecer que Jesus
nos devolve a vida, ainda que o mundo nos faça ver o contrário? NÃO É A MORTE
PARA ESTE MUNDO QUE NOS IMPEDIRÁ DE EXPERIMENTAR A ALEGRIA DA VIDA EM SUA
PLENITUDE, E SIM O AMOR DE DEUS POR NÓS. Marta foi tendo certeza destas coisas
porque se tornava cada vez mais amiga e discípula de Jesus. MESMO DIANTE DA
MORTE DO IRMÃO, SOUBE RECONHECER E TESTEMUNHAR QUE PARA DEUS NINGUÉM DEIXA DE
VIVER. Somente quem é capaz de amar, conseguirá crer que Deus jamais será capaz
de nos desamparar, sobretudo diante da morte. QUEM CRÊ NESTAS COISAS, PORQUE
AMA E SENTE QUE DEUS É AMOR, TERÁ A GARANTIA DE QUE A MORTE NÃO É O FIM (1ª leitura – 1Jo 4,7-16). O amor não
conhece limites, muito menos o que seja o fim, pois a sua essência nos remete
sempre ao próprio Deus, que é eterno. Santa Marta foi aprendendo, mesmo sofrida
com a morte do irmão. E porque soube depositar a sua fé no autor e princípio da
vida, reconheceu que Deus não desampara nenhum de seus filhos. Vivamos com a
esperança de que o amor de Deus nos projeta para a verdadeira vida. É crendo na
vida que se alcança o céu. Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
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