terça-feira, 20 de junho de 2017

QUINTA-FEIRA DA 11ª SEMANA DO TEMPO COMUM (ANO ÍMPAR): “Quando orardes, não useis muitas palavras... pois vosso Pai sabe do que precisais” (Mt 6,7-15).

A palavra RELIGIÃO vem do verbo latino: “religare”, que quer dizer RELIGAR, isto porque o ser humano precisa se religar diversas vezes com o ser divino. A via, o fio condutor que nos dá acesso ao sagrado é a ORAÇÃO. O evangelho de hoje nos fornece mais uma vez uma interpretação especial a este respeito. Jesus ensina os discípulos a se aproximarem de Deus mediante a oração. Não uma oração montada e esteticamente bem produzida, com muitas palavras e petições. Mas uma ORAÇÃO DIALOGAL. Uma conversa madura que flui do coração. Eis, portanto, a oração do Pai Nosso. Enquanto muitos ofereciam orações rebuscadas, providas de conteúdos voltados à lei, a oração do Pai Nosso, sintetizando o próprio evangelho, evoca o sentido deste encontro profundo com Deus. A ORAÇÃO, QUANDO SINCERA, TORNA-SE EFICAZ E CHEIA DE SENTIDOS. A oração nasce do coração, fruto de uma intimidade que se dá pelo silêncio e pelo temor a Deus. Mas ISTO SE DÁ NA PRÁTICA, OU NOSSA ORAÇÃO É SIMPLESMENTE UM CONJUNTO DE PALAVRAS, JACULATÓRIAS E PEDIDOS? Cada frase do Pai Nosso, relaciona-nos com Deus e com os irmãos. Será que a nossa oração, a nossa vontade de estar ligado a Deus, segue este propósito, ou buscamos uma relação INTIMISTA, reduzindo o sentido verdadeiro da oração? Há canções que esquecem que Jesus nos ensinou a chamar a Deus de NOSSO PAI. Acham melhor chamá-lo de MEU PAI. São Paulo aprendeu muito bem o significado da oração, unindo-a à sua vida (1ª leitura – 2Cor 11,1-11). Rezando a Deus, vivia sempre atento ao povo. Uma preocupação às vezes excessiva, porém eficaz. Rezemos saboreando cada palavra do Pai Nosso, na missa, na oração pessoal e na vida, para que saibamos vencer todas as tentações e quedas deste mundo. E que a vontade de Deus seja observada tanto no céu quanto na terra. O Pai Nosso nos lembra disto! Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam

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