quarta-feira, 17 de maio de 2017

QUINTA-FEIRA DA 7ª SEMANA DA PÁSCOA (ANO A): “Que cheguem à unidade perfeita” (Jo 17,20-26).

Recordo mais uma vez o apelo que a Igreja nos faz nestes dias, por ocasião da SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS. Viver a unidade nunca foi algo fácil. A diferença muitas vezes não é bem recebida ou assimilada por nós. A nossa Igreja Católica, especialmente a partir do Concílio Vaticano II (1962-1965), elaborou e ofereceu ao mundo todo, uma importante e necessária reflexão acerca do ECUMENISMO. Somos todos partícipes de diferentes raças, culturas e povos. Tudo isto se adequa também à nossa compreensão e vivência acerca do sagrado. NÃO PODEMOS E NEM DEVEMOS OBRIGAR QUE TODOS VIVAM COMO NÓS QUEREMOS QUE VIVAM. NO RESPEITO À DIFERENÇA, PODEMOS CAMINHAR DE MÃOS UNIDAS. O pecado habita exatamente quando falta o respeito e se propaga a INDIFERENÇA. Não poderá jamais prevalecer o meu jeito de ver o mundo, tampouco o jeito do outro. Esta diferença, portanto, leva-nos ao maravilhoso e também necessário exercício do diálogo. SAIBAMOS OUVIR E ACOLHER A DIFERENÇA QUE ESTÁ AO NOSSO ALCANCE, SEM JAMAIS DEIXAR DE SERMOS QUEM SOMOS. Isto é ecumenismo. Não entendamos a prática ecumênica como um artifício para colocarmos todos os nossos costumes e compreensões acerca da experiência com Deus num mesmo viés, numa mesma relação sagrada. Aí seria o que se entende por sincretismo religioso. O ECUMENISMO ACONTECE NO RESPEITO E NO ACOLHIMENTO À CERTEZA DE QUE O OUTRO É DIFERENTE. Que todas as igrejas cristãs compreendam esta necessidade. NAQUILO QUE NOS IDENTIFICAMOS, DAMO-NOS AS MÃOS. NAS DIVERGÊNCIAS DOUTRINAIS NOS RESPEITAMOS. Oferece-nos também uma grande lição o texto dos Atos dos Apóstolos que nos é apresentado como primeira leitura para hoje (1ª leitura – At 22,30;23,6-11). São Paulo, prestes a ser condenado pelos judeus, defendendo a ressurreição e sua fé em Jesus ressuscitado, não se intimidou. Mas, soube acolher a diferença e fez com que o seu testemunho despertasse naqueles doutores da lei, a necessidade de conviverem com o diferente. REZEMOS PELA UNIDADE NA FAMÍLIA, NO TRABALHO E NA SOCIEDADE, A FIM DE SERMOS IGUAIS NO DESEJO DE VIVERMOS EM HARMONIA, PAZ E FELICIDADE. É ESSE O TESTEMUNHO QUE A NOSSA FÉ NOS FAZ ALCANÇAR. Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam

Nenhum comentário: